quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Em um grande mar

Em um grande mar.
Cheio de intempéries e surpresas.
Estou desvendando mistérios, de recifes nunca vistos,
Divertindo-me em corais nunca pisados, em companhia de cardumes e seres ainda não conhecidos.
Abro os olhos admirados, para a surpreendente infinidade de novas cores, não existentes na superfície.
Muitas das vezes faço o contrário e fecho os olhos, para enxergar ainda melhor,
Despertando os outros sentidos, inebriados de sensações, de novos sons.
Sinto-me às vezes solitária, perdida e insignificante diante de tanta imensidão.
Penso na superfície, tudo parece tão simples.
Veja isto, use isto, seja isto, tudo sem questionação.
Apenas andar, com os pés no chão...
Não!
Eu quero é mergulhar, mesmo na escuridão, experimentar.
Tirar os pés do chão, mudar, trocar de direção.
Eu quero toda a profundidade,
Nadar em águas turvas e tenebrosas, me angustiar; lutar contra serpentes marinhas, tudo bem se me machucar...
Como eu quero!
Nada de superficial.
Quero amar a todas as diferentes descobertas e todos os seres, me apaixonar por tudo com toda a intensidade.
Gargalhar até doer à barriga e cantar mesmo que o dia seja triste.
Em um grande mar, é aonde eu irei me afogar em todas as sensações até chegar ao fundo, toca-lo e deixar de senti-las.

Um comentário:

Anônimo disse...
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